Sexta-feira me passou uma, no mínimo, diferente.
Voltava de Puerto Madero num final de tarde e parei em uma praça pra tirar uma foto de uns prédios cuja iluminaçao ficava bem interessante.
SIM... antes de pegar a câmera, me certifiquei e vi que havia um carro da polícia a 50m de mim.
Depois de tirar a 3ª ou 4ª foto, um "negócio" pulou em cima de mim e tentou arrancar a camera da minha mao.
A cordinha ficou presa no meu pulso, entao ele gentilmente me deu um soco na cara e conseguiu tirar a câmera e sair correndo.
Fiquei morrendo de raiva. Que audácia!!! Saí correndo atrás do guri e gritando por "ayuda!!!".
Os policiais estavam perto e começaram a apitar.
Um deles correu comigo e qdo estávamos qse chegando no pivete ele atravessou uma avenida tri movimentada q nem um louco.
Nisso, uns 2 caras que estavam sentados em um bar e cara que tava no ponto de onibus começaram a correr atrás dele também.
O moleque se enfiou centro a dentro e eu e o policial continuamos correndo (minhas pernas doem até agora.. hehehe).
Chegamos em uma esquina onde havia 2 velhinhas. Uma disse que foi pra um lado, outra disse que foi pro outro. Hmpf... "Gracias!". O perdemos.
Voltávamos pra praça, ele meio que se justificando que esse tipo de coisa nao costuma acontecer por ali, com tanto policial, e eu pensando que devia pelo menos ter baixado algumas das fotos que tirei.
Dobramos uma esquina e me aparece o cara do ponto de ônibus com minha câmera na mao...
Dá pra crer? Nao, sério... dá pra acreditar?
Me entregou a câmera, nao quis aceitar nenhum "agradecimento". Disse que ele e os caras do ponto de ônibus tavam qse pegando o moleque, entao ele jogou a câmera em uns sacos de lixo e continuou correndo.
Agradeci mil vezes, em todos os idiomas que vcs possam imaginar.
Quando passamos pelo bar, os caras (vários, todos muito preocupados) nem me deixaram falar. Me deram um papel com o nome, endereço e telefone do moço do ponto de ônibus, caso a gente nao tivesse encontrado com ele.
Acabou que o policial me acompanhou até o metrô. Me deu um beijo no rosto (pq sim, isso aqui é mais comum do que no Brasil... até entre homens) e me falou pra ter cuidado.
No final das contas, me sobraram um roxinho no lado do rosto que já tá desaparecendo, uma boa noçao da bondade dos argentinos, um certo medo de andar por algumas praçar e a câmera fotográfica.
Acho que saí ganhando.
Um comentário:
Uau, que aventura. Quero ver essas fotos, você vai postá-las onde? Bijous.
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