terça-feira, 25 de março de 2008

Bagunçando a Física.

Ultimamente, uma lei fundamental da mecânica tem me tirado o sono. Toda ação provoca uma reação? Sim? Então tem muita gente por aí precisando estudar o Sr. Newton!

Ainda, ainda... A reação tem a mesma intensidade, mesma direção e sentido oposto. Certo. Recapitulando: tu ages e recebe uma resposta a essa ação. A-coi-sa-mais-ir-ri-tan-te-do-mun-do é a falta de reação. Pelo menos pra nós, que sofremos de Paranóia Angustiada Crônica, que geralmente se manifesta em crises de consumo, choro ou gastrite.

Nem todos sabem como é. Mas aí, essas pessoinhas saudáveis e preguiçosas (sim, preguiçosas!) fazem questão de utilizar todo o tempo e paciência (disponíveis ou não) pra tomar uma atitude (quando tomam).

Aí a gente surta e ganha rótulo de histérico. Apáticos do meu coração, isso não é distúrbio de comportamento não. Isso reflete apenas toda aquela imaginação, praticidade e ansiedade trabalhando juntas pra preencher um espaço em branco, reagindo à não-ação.

Ah espera.. Vamos ver aqui:
“Ao aplicarmos a terceira lei de Newton, não podemos esquecer que as forças de ação e reação:
a) estão associadas a uma única interação, ou seja, correspondem às forças trocadas entre apenas dois corpos.”

Hmmm.. Sei não. Quem aí já não agiu (ou reagiu) quando aquela moça olhou pro namorado(a) de cima a baixo. Teoricamente, a ação foi direcionada pra ele. Até porque, a vaca parece que nem percebeu q tu estavas ali.

“b) têm sempre a mesma natureza (ambas de contato – tração, normais ou de atrito - ou ambas de campo - gravitacionais, elétricas, magnéticas), logo, possuem o mesmo nome (o nome da interação);”

Ou seja, além de responder, é bom que seja recíproco! I mean, se te dou intimidade, quero intimidade de volta. Se for desinteresse, não gruda! Se for ‘eu te amo’, te ferrou!!! Se não amar de volta, já era!

“c) atuam sempre em corpos diferentes, logo, não se equilibram.”

(Fonte: www.fisica-potierj.pro.br)

Ahnnnnnn... Entendi! Eu acho.
Então as forças SÃO iguais, mas o que a gente percebe como conseqüência é diferente porque os corpos são diferentes. Hmm, tá explicado! Faz sentido. Ai que raiva!

Voltamos à estaca zero.

sábado, 8 de março de 2008

Feliz dia!

Sex and the City é um seriado de mulherzinha. Fêmeas independentes, com mais de 30, relacionando-se e sobrevivendo na caótica Manhattan.

Por que faz sucesso? É o nosso conto de fadas pós-moderno.
A geração de superwomen de hoje acha Cinderela uma neurótica maníaca por limpeza /mosca morta por não mandar a madrasta e as irmãs às favas. Branca de neve? Uma biscate que subiu na garupa de um cara que nem a conhecia e foi logo lhe tascando um beijo desentupidor de pia. Bela adormecida? Viciada em Rivotril. Rapunzel... meu, o que é aquele cabelo?

Já Carrie, Miranda, Samantha e Charlotte vivem relações erradas com príncipes que perdem o encanto com apenas uma frase. Sentem na pele todas as desvantagens de serem maravilhosas e bebem Cosmopolitans a isso.
São carentes, neuróticas, sozinhas e felizes.
É todo o romantismo de que as ‘mulheres de Nova’ precisam.

Nos identificamos com diversos dos perrengues que as personagens enfrentam e, no fundo no fundo, queremos mesmo que tudo dê tão certo ao final de nossas sextas temporadas, e, de preferência, que isso aconteça de uma vez!!!

Ultimamente, tenho sido um pouco Carrie. Uma neurótica-racional bem atrapalhada, metida a escritora e com um príncipe encantado marrento, sexy e deliciosamente sincero. Mas já fui Miranda, odiei os homens e ganhei um salário maior que o deles; Samanhta, quando o assunto é sexo. Só vou ficar devendo à Charlotte, porque quando fui procurar pudores e romantismo anos 50, num encontrei.

Hoje, dia Internacional da Mulher, não vim falar de conquistas, prós, contras ou personalidades. Só tenho desejos.
Desejo contos de fadas! Com açúcar, pimenta e amargos só de vez em quando.
Desejo a não alienação. Personagens vivem histórias escritas por outras pessoas. Escritor ou ator? Há vagas... A decisão é individual.
E desejo também pelo menos um bom orgasmo por semana (sendo beeem pessimista). Não interessa como, nem com quem... Os tremores do durante e a leveza do depois fazem bem pro corpo e pra alma, não interessa o gênero.