segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Então é Natal

E o que você fez? O ano termina, e a Simone outra vez...
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Todo mundo tem uma história de Natal inesquecível.
Aqui vai uma das minhas.

Foi em 1990.
Meu pai levou a mim e ao meu irmão na Praça (um dos bairros de Urubici, onde morávamos), porque parece que o Papai Noel estava por ali. A mãe tava no banho, e não pode ir junto, tadinha...
Demos uma volta na Praça, mas nada do bom velhinho...
Quando estávamos descendo a rua de casa o pai deu um grito, que tinha visto o Papai Noel pulando a janela lá de casa.
Corremos tanto que não sobrou nem fôlego pra gritar pra mãe segurá-lo.

Chegamos tarde. Ele já tinha passado.

Embaixo do pinheirinho... nossa!
O bom velhinho tinha usado algumas das travessas da mãe pra colocar os presentes dentro.
Para cada um, uma travessa cheia de coisinhas pequeninas.
Havia guloseimas... as nossas preferidas: balas soft, chocolate de guarda-chuva, pastilhas coloridas (aquelas com 7 no pacote, meio cítricas), uma ou duas barras de chocolate surpresa (da série dos bichos), muita 7 belo e pirulitos em formato de chupeta.
Havia também brinquedinhos. Lembro de uma tartaruguinha que a gente dava corda e ela nadava no tanque. Lembro também de um apito em formato de passarinho... mas não lembro dos outros.

Sei que os tivemos por um bom tempo depois desse Natal. Eles inclusive se mudaram pra Porto Alegre com a gente no ano seguinte.

Meus pais devem ter gasto pouco mesmo (até porque havia pouco pra gastar), mas o objetivo do texto não é a discussão "capitalismo vs. felicidade, a utopia possível".

A vontade de dividir essa história é porque lembrar desse Natal até hoje me deixa feliz. E me dá vontade de brincar com a tartaruguinha. E de comer bala soft.

Outros Natais também foram bons. Mas esse foi um dos mais surpreendentes.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mazembe?.... Mazembe?

Sim, Mazembe.

Fazer o quê? Me descabelar? Ficar de mal com quem quiser tocar flauta?
Ahh, pára! Bem capaz!

O que faz do futebol essa mania toda é justamente o fato de, no final das contas, haver sempre um perdedor e um ganhador.
É o momento em que zoar a derrota do outro não é bullying; um momento em que você tem autorização pra ser do mal.

E não me entendam errado. Abomino violência, principalmente a que rola entre torcidas organizadas. Não é dessa estupidez primata que estou falando.

Falo do quanto o futebol nos dá autorização pra posar de melhor do mundo, pra debochar dos mais fracos, pra expor os erros dos outros (times, jogadores, técnicos) em praça pública e dar risada disso. É praticamente um alvará de soltura para o gênio mal que vive (às vezes não tão escondido) dentro de cada um.

Então, não. Não me importo. Toca flauta ae!
Se tivéssemos ganho, vocês é que teriam que me aguentar.
Nada mais que justo.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Eu tenho um sonho!

Sim, eu tenho. Um sonho bem desagradável que insiste em perturbar minhas noites com certa frequência. Alguns detalhes mudam, mas o enredo é sempre o mesmo, e não é legal. Não é de terror ou morte... Nada que me faça acordar gritando.

Mas é doído. Acordo magoada, incomodada e quase resignada, tentando aceitar a situação.

Nesses dias, fico feliz quando chega a hora de acordar pra ir ao trabalho. Levantar da cama e lavar o rosto faz com que o sonho vá embora, e eu não acho mais que ele é de verdade.

Acho que chega de adiar a terapia.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Carta para além mar, II

Pode haver várias razões pra eu não querer você e pra você não me querer.

Eu não sei se consigo listar muitas, mas 11 mil quilômetros e alguns meses (ou anos) de incerteza já valem por uma boa dúzia. Toda a loucura de ciúmes, carência e saudade também podem pesar, pelo menos pra mim, que costumo sentir todas essas coisas o tempo todo. E pra você... bom, suas aventuras pelo mundo poderiam ser bem mais divertidas se você não tivesse que pensar em mim antes de agir em alguns momentos.

Mas sabe qual é o problema?

É que voltei pra casa falando de você no dia em que te conheci.
É que eu fazia cara de indiferente, mas só queria dançar com você.
É que você me levou pra tomar sorvete.
É que você me chamou pra ficar num carnaval.
E você adora aperitivos.
E você adora seriados.
E gosta de cozinhar comigo. E tomar Lambrusco.
E foi você que eu beijei às 00h15 do ano seguinte.

É que você colocou um filhote de beagle no meu papel de parede.
E você me deu uma tartaruga e uma coruja.
E fui pra vários lugares pela primeira vez com você.
E você sabe que eu sou desastrada e quase nem liga.
E sabe que tenho medo do "bad robot".

É que falar de sentimento não é o nosso forte, mas eu escrevo e você mostra.

E quando eu tenho um sonho ruim, não consigo lembrar dele na manhã seguinte, porque no meio da noite você me abraça e me acalma.

São algumas razões pra eu não querer você e você não me querer.
Mas são 3 anos de outras razões pra gente não conseguir se desgrudar.

Ahh look at all the lonely people!

Where do they all come from?
Um pequeno grupo emotivo e sorridente, de Floripa (mais Harry Potter, que jogava quadriball em Joinville e foi pego no caminho).


Where do they all belong?
Àquele mesmo lugar, e nenhum outro naquele momento!
Dava pra ver nas caras impressionadas como cada um não podia estar em outro lugar se não ali, no Morumbi, no dia 21 de Novembro de 2010, vendo Paul McCartney e sua banda tirarem nossos pés do chão e nossas emoções seja lá de onde costumamos guardá-las.

Tento escrever um grande texto e só vêm letras das músicas na cabeça!
Tento juntas as músicas e fazer um jogo de frases bacana... mas o cansaço não está colaborando.
Então não tentarei mais por hoje...

Só vou registrar aqui que, nesse momento, não consigo dizer o nome de um artista, banda ou show que possa ver no futuro que consiga tirar de Paul o título de melhor show da minha vida! Pelo menos não agora.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Trabalhando a espiritualidade

Muita gente mistura espiritualidade com religião. Pra algumas, funciona. Pra muitas, faz com que tanto uma quanto a outra percam o sentido.

Bom... tenho minha religião e minha espiritualidade, e só me atrevo a dividir a segunda, na esperança de que seja um pouco menos polêmica. Porque hoje não acordei com vontade de gerar polêmica. Precisa de muita disposição pra isso. Hoje só quero ficar em paz.

Estava lendo esses dias sobre 4 leis básicas da espiritualidade, cujo objetivo é te dar serenidade e discernimento para passar por tudo que precisas passar. Vamos a elas:

1. A pessoa que chega é a pessoa certa.
Acho que isso quer dizer que todas as pessoas que aparecem estão ali por alguma razão. Seja pra se tornarem o amor da tua vida, seja para ser o idiota que te ensinou a olhar com mais cuidado antes de atravessar a rua (pq tu estavas certo, mas tens que te cuidar pois existem milhares de idiotas por aí), ou seja mesmo para te ensinar o quanto tu podes estar errado, mesmo com a melhor das intenções.

2. O que aconteceu é a única coisa que poderia ter acontecido.
Talvez essa seja pra gente não ficar se torturando com nossos cenários imaginários do que poderíamos ter feito para mudar um resultado. É praticamente um tratado de exclusão da conjunção "se" de nossos pretéritos perfeitos.

3. Qualquer momento em que algo se inicia é o momento certo.
Nem antes, nem depois. E então toda aquela coisa de "a gente se conheceu no momento errado" cai por terra. Até porque, se tu estás lendo desde a primeira lei, a esta altura já sabes que conheceu aquela pessoa naquele momento por algum motivo, que tudo que aconteceu era exatamente o que tinha que ter acontecido e que, por fim, foi tudo no momento certo. Então não culpe o destino, o universo ou a Santíssima Trindade se tu queres dar um chute em alguém com quem já se divertiu o suficiente e não sabes como.

4. Quando algo termina, termina.
O que me parece que serve mais como uma confirmação da segunda lei.
É como se tivesse acabado a pasta de dente. Dá pra perceber quando ela está acabando. Aí, tu começas a enrolar o tubinho, apertando cada vez mais forte, às vezes até usando menos que o de costume. Mas quando acaba, acaba. E aí tu podes até tentar escovar os dentes com bicarbonato de sódio, ou somente com água... mas vai ser desconfortável, e não vai ser a mesma coisa. Tu também podes ir no mercadinho e comprar um novo tubo. Teus problemas acabaram, e certamente tu não ficas pensando no tubo que acabou e querendo ele de volta.
Tá... pessoas não são tubos de pasta de dente. O ponto é que identificar um final próximo não é difícil, mas aceitá-lo e se preparar para vivê-lo é mais delicado, e muita gente se recusa a fazer isso.

São 4 leis que qualquer um poderia ter dito, mas que nem todo mundo consegue traduzir em uma forma de viver e entender as relações. Nem eu, nem você.
Mas a gente vai tentando; e cada vez que um amigo tá com problemas, dá pra sacar elas do bolso e tentar algumas palavras de consolação para ocupar silêncios desconfortáveis. Sim, porque muitas vezes aquele amigo precisa que tu estejas ali, mas isso não quer dizer que ele esteja ouvindo o que tu estás falando.

Se eu tivesse algum cacife para sair por aí criando leis de espiritualidade, certamente uma delas os incluiria...: fique próximo dos seus amigos; tu sempre podes precisar de um ombro, de uma cama, de uma carona ou de uma testemunha pra confirmar teus problemas de comportamento perante um júri.


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ainda contando...

"What's the use of worrying?
What's the use of hurrying? (no use!)
What's the use of anything?"

Deixe-me em paz, Ms. Vandebilt!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Contagem regressiva McCartneyana

"Tuesday afternoon is never ending
Wednesday morning papers didn't come
Thursday night your stockings needed mending
See how they run"

Para dias especiais...
Porque não é todo dia que você bate o carro de manhã, é criticado por suas escolhas e leva 2 multas à tarde e só espera que a noite acabe bem!

Contagem regressiva McCarteyana

"Close your eyes and I'll kiss you
Tomorrow I'll miss you
Remember I'll always be true
And then while I'm away
I'll write home every day
And I'll send all my loving to you
"

Quem nunca viveu uma despedida de amor, não vai poder cantar de olho fechado!

sábado, 6 de novembro de 2010

A menina fazia pose

A menina falava alto. Ela não tinha medo de expressar o que pensava.
A menina era atrapalhada. Não sabia, com graciosidade, mostrar modos ou sentimentos.
A menina se importava com as pessoas. Ela não sabia machucar de propósito.
A menina era tímida. Podia não parecer, mas ela era.
A menina era apaixonada. Cada vez mais gente sabia disso.
A menina sentia saudade. Sabiam disso também.

Aconteceu tanto na vida da menina que ela não mais pode se chamar assim.
Meninas não brincam de muita coisa que ela brinca hoje.

A mulher tomou o lugar da menina.
A mulher está lá fora. Convive, reúne, opina, decide.
A mulher causa impressões.

A mulher nada mais é do que a mesma menina, fazendo pose.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O vampiro e o lobisomen (e o saci-pererê)

Ontem, depois de uma longa resistência, fui convencida por uma amiga a ver 2 filmes que estão (ou estiveram, já que eu demorei séculos pra assistí-los) fazendo as mocinhas suspirarem: Crepúsculo e Lua Nova.

Não vou comentar sobre o filme, ou o enredo, ou a fotografia, ou os efeitos... Cada-um com seu cada-qual cinematográfico.

Agora, uma coisa me preocupa. Os mocinhos.

Vampiros sedutores não são novidade. Brad Pitt e Tom Cruise arrancaram suspiros de mocinhas da minha idade em "Entrevista com o Vampiro". O pobre menino bonito transformado em um monstro, que luta contra sua própria natureza para manter algum caráter humano. Pobre mocinho atormentado. Um charme.

A diferença é que o belo Louis estava longe de ser o cara perfeito.

Já nossos queridos Edward e Jacob (o vampiro e o lobisomem) literalmente saíram de um conto de fadas. Bom, de bruxas, vampiros, seres do mal… Um conto.

Eles são bonitos, atenciosos, emanam olhares cheios de intensidade e sentimento o-tempo-todo, abraçam a pobre Bella como se não houvesse nada no mundo mais importante do que ela. Estão sempre por perto para protegê-la. A respeitam, a adoram e estão dispostos a quebrar barreiras e arriscar suas vidas por ela. Não fossem aberrações (o que até fica interessante, pensando que seu namorado poderia voar você até o topo da mais alta montanha para ver um pôr-do-sol), seriam os caras perfeitos.

Pois eu digo uma coisa, caras mocinhas dos anos 10: é plenamente possível encontrar vampiros e lobisomens por aí, já Edwards e Jacobs... Não esperem por eles.

Não que os caras normais, esses que comem carne e tomam cerveja ao invés de vísceras e sangue, não que eles não sejam perfeitos em alguns momentos. E são esses momentos de perfeição que farão com que vocês os considerem os caras certos apesar de qualquer defeito (sejam eles lobos ou morcegos). Além disso, esses caras aí, de carne e osso, podem fazer outras coisas que a dupla de ouro da Meyer não parece muito interessada no momento... Mas disso vocês só vão sentir falta mais pra frente.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mistério (quase) desvendado

Encontradas mais pistas sobre o atentado contra a vida do candidato à presidência da República Federativa do Brasil.

Uma milícia, liderada por um aluno suspenso da 3ª série com tendências petistas, acaba de mandar uma carta assumindo o atentado e descrevendo seu arsenal.

Ao que tudo indica, a arma usada contra o candidato foi uma das de maior nível de periculosidade: o planetóide imperial de batalha.
Veja abaixo o catálogo desses terroristas impiedosos:




Não mande seus filhos para a escola nas próximas semanas. Foram encontradas armas similares em pelo menos 1 milhão de escolas de nível fundamental.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A balada dos condenados

- De quem é a culpa?

- Ora, daquele que tinha que ter feito e não fez.

- Mas porque ele não fez?

- Ah, bom... sei eu? Sei que tinha que ter feito e não fez. Era responsabilidade dele.

- Mas aconteceu alguma coisa pra ele não ter feito?

- É possível. Não sei. Sei que a culpa é dele.

- E você não podia ter ajudado?

- Podia... fiz tudo que achei que era meu dever. Mas ele não pediu ajuda. Enfim... a culpa não é minha. Ele ficou responsável. O problema é dele. Vou avisar o pessoal.

A vida se divide entre culpados e inocentes. Os primeiros, às vezes, pecaram por assumir mais responsabilidades que os outros. Os segundos, são os que dormem mais tranquilos. Afinal, dificilmente alguma coisa "dar errado" te preocupa se você não pode ser culpado por isso.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Meus amigos, minha serenidade.

Meu amor tá longe e isso é um saco! Você fica anos batendo a cabeça na parede, sofrendo ou fazendo alguém sofrer até que... BAM! Acha o par perfeito. O cara que te tira o fôlego só de olhar pra você, e que continua fazendo isso depois de quase 3 anos. Aí você tem que ficar longe dele por um tempo. "Vai passar logo". Vai sim... mas e até passar?

Cara, até passar você aprende de verdade, e talvez pela milésima vez na vida, o quanto seus amigos são importantes. Se você vive sozinho então... eles são fundamentais.

Hoje, por exemplo. Um domingo ensolarado. Domingos podem ser bem solitários.
Um cinema?
Uma sinuca?
Sentar numa mesa pra dar gargalhadas de doer a barriga?

Isso não substitui ter aquele cara do começo do teu lado, pra te dar o ombro enquanto você dorme e ele vê o filme, mas faz com que você não fique triste por não ter isso exatamente agora.

domingo, 24 de outubro de 2010

sábado, 23 de outubro de 2010

Reflexões

Queria seguir Uma Vida Regrada, mas não sei o twitter dela...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Sexta-feira, 19h

Porque será que as pessoas acham que se você está no escritório além do horário, em uma sexta-feira, você vai estar afim de ajudá-las ou bater papo com elas?

"Xuuu, se tô aqui agora é porque não terminei o que tinha que terminar até as 17h59 (o limite de horário que um computador tem que ficar ligado em uma sexta-feira), portanto, seja um docinho, e cale a boca para que eu possa terminar logo aqui e ir pro bar, ok?"


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

How long has it been?

Somente hoje, ao apreciar um blog de um grupo de amigas, lembrei desse espaço abandonado.

Também pudera.... 2010 tá do caralho!!!!
Desculpem-me pela expressão, mas não há muito mais o que dizer.

Quem tá por perto sabe e não tem como discordar.
Digamos que tenho uma mão de coisas pra contar, mas vou fazer isso devagar, pra não aborrecer (e pra não parecer que to me exibindo, lero, lero ;o)

Até mais.
Bjos