segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Trabalhando a espiritualidade

Muita gente mistura espiritualidade com religião. Pra algumas, funciona. Pra muitas, faz com que tanto uma quanto a outra percam o sentido.

Bom... tenho minha religião e minha espiritualidade, e só me atrevo a dividir a segunda, na esperança de que seja um pouco menos polêmica. Porque hoje não acordei com vontade de gerar polêmica. Precisa de muita disposição pra isso. Hoje só quero ficar em paz.

Estava lendo esses dias sobre 4 leis básicas da espiritualidade, cujo objetivo é te dar serenidade e discernimento para passar por tudo que precisas passar. Vamos a elas:

1. A pessoa que chega é a pessoa certa.
Acho que isso quer dizer que todas as pessoas que aparecem estão ali por alguma razão. Seja pra se tornarem o amor da tua vida, seja para ser o idiota que te ensinou a olhar com mais cuidado antes de atravessar a rua (pq tu estavas certo, mas tens que te cuidar pois existem milhares de idiotas por aí), ou seja mesmo para te ensinar o quanto tu podes estar errado, mesmo com a melhor das intenções.

2. O que aconteceu é a única coisa que poderia ter acontecido.
Talvez essa seja pra gente não ficar se torturando com nossos cenários imaginários do que poderíamos ter feito para mudar um resultado. É praticamente um tratado de exclusão da conjunção "se" de nossos pretéritos perfeitos.

3. Qualquer momento em que algo se inicia é o momento certo.
Nem antes, nem depois. E então toda aquela coisa de "a gente se conheceu no momento errado" cai por terra. Até porque, se tu estás lendo desde a primeira lei, a esta altura já sabes que conheceu aquela pessoa naquele momento por algum motivo, que tudo que aconteceu era exatamente o que tinha que ter acontecido e que, por fim, foi tudo no momento certo. Então não culpe o destino, o universo ou a Santíssima Trindade se tu queres dar um chute em alguém com quem já se divertiu o suficiente e não sabes como.

4. Quando algo termina, termina.
O que me parece que serve mais como uma confirmação da segunda lei.
É como se tivesse acabado a pasta de dente. Dá pra perceber quando ela está acabando. Aí, tu começas a enrolar o tubinho, apertando cada vez mais forte, às vezes até usando menos que o de costume. Mas quando acaba, acaba. E aí tu podes até tentar escovar os dentes com bicarbonato de sódio, ou somente com água... mas vai ser desconfortável, e não vai ser a mesma coisa. Tu também podes ir no mercadinho e comprar um novo tubo. Teus problemas acabaram, e certamente tu não ficas pensando no tubo que acabou e querendo ele de volta.
Tá... pessoas não são tubos de pasta de dente. O ponto é que identificar um final próximo não é difícil, mas aceitá-lo e se preparar para vivê-lo é mais delicado, e muita gente se recusa a fazer isso.

São 4 leis que qualquer um poderia ter dito, mas que nem todo mundo consegue traduzir em uma forma de viver e entender as relações. Nem eu, nem você.
Mas a gente vai tentando; e cada vez que um amigo tá com problemas, dá pra sacar elas do bolso e tentar algumas palavras de consolação para ocupar silêncios desconfortáveis. Sim, porque muitas vezes aquele amigo precisa que tu estejas ali, mas isso não quer dizer que ele esteja ouvindo o que tu estás falando.

Se eu tivesse algum cacife para sair por aí criando leis de espiritualidade, certamente uma delas os incluiria...: fique próximo dos seus amigos; tu sempre podes precisar de um ombro, de uma cama, de uma carona ou de uma testemunha pra confirmar teus problemas de comportamento perante um júri.


Um comentário:

Cláudia disse...

ótimas leis.. hoje acordei e me deparei logo de cara com a segunda. that´s sucks. just life. bom dia amiga.