terça-feira, 24 de julho de 2007

Longe de casa...

Tem que acordar cedo? Te vira... se tu perderes a hora, vais ter que te explicar sozinho. Café da manhã? Putz... tu achas que tá aonde? Numa novela da Globo?
Se meu avô me visse saindo de casa cedo, pegando o busão pra ir trabalhar, ia ficar tri orgulhoso.
Mas a gente não leva por esse lado... E sai ainda meio dormindo, ou curtindo um som, já pensando no que vai fazer depois que ficar livre do trampo.
Almoço? Sim, claro! Alguém faz? Ah, pára! Tem no RU. E tem também Kalzone, Mc Donald's, o cachorro quente. Tem Miojo...
Ah se a mãe soubesse... Mas enfim conseguimos provar que, ao contrário das desculpas que ela dava quando a gente queria comer porcaria, ISSO ALIMENTA SIM. Sobrevivemos disso!
E, melhor, aprendemos a dar valor à comida dela. Sim, por que não tem o que fortaleça mais a relação pais e filho do que sair de casa. Quando se encontram, parece lua de mel... Eles resolvem te mimar o que não mimaram a vida inteira...
E a faculdade?
Pra quem acabou de sair da escola, é um misto de ansiedade e empolgação... E depois de um tempo tu aprendes que não é nada demais...
Uns estudam demais, outros de menos... festas, sexo, drogas, álcool, provas finais, monografias... e uma festa de formatura no final que envolve tudo isso junto.
À noite, pizza ou x-alguma coisa. E na geladeira de casa, onde antes não faltavam leite e legumes, agora só água, Coca-cola e alguma coisa que alguém esqueceu por lá faz tempo...
Fim de semana? Festa, filminho, balada, amigos sempre na volta. Sem hora pra voltar, sem satisfação pra dar e sem ninguém pra fazer um chá de boldo e puxar a orelha quando tu enches a cara de whisky (néééé, Paula??). Não tem mais o sagrado do almoço de domingo, nem a família reunida.
Tem um monte de jovens quase adultos almoçando pão com carne e bebendo cerveja em jejum (às 4h da tarde).
Jovens que dão um duro danado pra dizer que são independentes. Que encaram problemas como gente grande, mas que se divertem que nem criança.
Jovens que estão longe de casa, mas que não conseguem se imaginar voltando pra ela.
E que superam bem ficar longe da família, mas acham a vida um tédio longe dos amigos.
Quando eu me imaginava saindo da casa dos meus pais, não tinha idéia de como ia ser.
Hoje, depois de 3 anos, ainda não tenho. Por enquanto, posso dizer que assim tá triiiiafudê!!


Comentários do fim de semana???
Neeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeemmmmm
huahauahuahuahauhau
Pinêeee: bem vinda aos 20!
Pam: PARABEÉÉÉÉÉÉNS CALOURA!!!

terça-feira, 3 de julho de 2007

Yes, I do!

Junta-se um um rapaz e uma moça, aliás, duas pessoas (hoje em dia... vai saber!), alguma paixão, pais e mães ansiosos, um padre, uma boa grana, um fotógrafo e a parentada desfilando roupas novas... e têm-se um casamento!
Aí tem aquele vestido... nossa! Tá, tá.. tem quem goste... é o espírito da coisa... mas ô coisinha mais estranha!!! Quando tu conheceste a tua princesa, futura mãe dos seus filhos, imaginou ela vestindo um bolo de aniversário, cheia de maquiagem e com um cabelo que jamais vai usar na vida? Tudo isso acompanhado de um mosquiteiro, uma cauda e 268 botões.
Tem o sermão do padre, alguma atrapalhada na hora do juramento, e pode beijar a noiva!
Uuuuufa! Alívio para os convidados... parece que não ia parar de falar, o reverendo!
Bora pro salão!
Acomoda todo mundo... e nada do casal...
Agora também tem aquele tal do mestre de cerimônias.. que fica dizendo tudo que os caras devem fazer, como colocar a mão, como sorrir, como andar... Como se adiantasse alguma coisa! Na hora da adrenalina, capaz do noivo entrar mascando chiclete e a noiva com aquele sorriso amarelo.. pq o mestre falou que não podia chorar.
Chegaram! Opa! Comida!
Aí chega, vê o filminho, brinde...
Quando abre o buffet metade da festa já tá meio alegre de tanto aperitivo.
Depois disso, só festa!
Aquela simpatia etílica toma conta dos convidados...
Os tiozões de olho nas guriazinhas, elas de olho nos casadoiros em potencial.
Música alta, tradicional de festa de casamento: falamansa, vanerão, latino...
Você descobre que aquele colega de empresa até sabe dançar... e o seu tio então? Só da ele na pista!
E o bouquet!Nessa hora há 3 tipos de mulher na festa: as solteiras desesperadas, que vão até no ouvido da noiva pedindo uma vantagem, as desencanadas que ficam lá só pra tirar sarro, e as indiferentes, que nem se mexem pra chegar no tumulto. Acham um pouco ridículo a bagunça toda, mas adorariam que a noiva errasse a mira e o troço voasse pelo salão inteiro e caísse acidentalmente no colo delas.
E depois disso, nem precisa lembrar muito! O mala do fotógrafo vai registrar todos os momentos que você perder (e cobrar uns R$10 por cada um).
Nada contra casamento! Nem todos são assim, claro! Já fui em alguns que me diverti bastante.
A questão é que alguns desses clichês realmente já não tem mais graça! Me pergunto se as pessoas casam assim ainda hoje por inércia, ou se realmente alguém ainda tem esse tipo de sonho e tal...
Até algum tempo me sentia meio q na obrigação de ter que passar por isso um dia... única menina, parece que devia uma volta pelo tapete vermelho de braços dados pro meu pai. Mas sinceramente? Não nasci pra isso não! Papai que me perdõe!
E sobre o papo de 'celebrar nossa união e dividir essa alegria com amigos e familiares', dá pra fazer todo dia, um pouquinho de cada vez!
E com a grana economizada dá pra fazer aquela viagem... E celebrar com quem realmente interessa!

Boa semana gurizada!
bjs