quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Mais um retorno

Será que dessa vez a gente volta mesmo?

Maternidade longe da família, a pandemia e o viver com medo, as mil maneiras de se perder independência, um ganho de peso significativo e novas formas de me (des?)gostar, o gerenciar das frustrações pela falta de controle, a solidão doída de quem sempre curtiu estar só... 

Assunto há. Tempo... é fácil dizer que não.

Essa foi a desculpa pra não voltar pra terapia. E enquanto deu pra encaixar algumas temporadas completas de 9.1.1. e seus spin-offs, a saúde mental ficava cada vez mais abatida. 

Como se ver os uniformizados americanos correndo em direção ao perigo, salvando ou perdendo vidas a cada novo episódio, gerasse aquela dose mínima de serotonina pra equilibrar o malabarismo de emoções interno. O corpo anda cansado demais para outros métodos, de qualquer maneira.

Mas não funciona, né? No final das contas, mais atrapalha do que ajuda. Porque, via de regra, minha vida não consiste em correr para o perigo e salvar vidas alheias. Portanto, maratonar aventuras não é suficiente pra iluminar o caminho pra fora da floresta.

É preciso arrastar o corpo cansado para uma caminhada. É preciso empurrar a amígdala hesitante de volta pra terapia. É preciso rebocar o cérebro em direção a estímulos mais variados. É preciso puxar e esticar o tempo pra caber o autocuidado.

E é nesse acumulado de "precisamentos" que nos encontramos aqui. Já que empilhar frases de uma forma tentativamente criativa e sincera ajuda a desaguar um pouco o volume de conversa que só cresce na ausência de companhia pra bater papo sem agenda. Além disso, é uma forma de exercitar a vaidade que me anda fazendo falta.

Que comece a próxima fase. E que me seja mais útil do que agradável, como as melhores conversas de terapia.

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