segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Aonde irão parar os parâmetros?

Torcedores invadem o estádio, agridem trio de arbitragem, tentam agredir jogadores e entram em guerra com a polícia. Saem de lá quebrando tudo na rua, jogando bombas em ônibus, pedras em vidraças e agredindo a pauladas tudo que se move contra eles.

“Ah, mas o que o time fez é inaceitável”.

Realmente, onde já se viu alguém perder um jogo de futebol?

Vagão exclusivo para mulheres entra em discussão em uma capital populosa.

“Que frescura! Essas mulheres deviam é se dar ao respeito e não vestir roupas provocantes”.

Claro, porque o instinto animal do homem é algo que a civilização não o ensinou a controlar. Se uma louca desvairada inventar de sair de casa com uma minissaia ou um decote num país em que as temperaturas chegam aos 40°, está praticamente implorando para que um pobre homem deixe suas bolas tomarem o comando e encoxe a vagabunda; afinal, é isso mesmo que ela está pedindo.

Extra! Extra! Uma pessoa de outro mundo foi encontrada na capital! Senhor Silva, uma pessoa de baixa renda e que passa muitas necessidades, encontrou uma carteira cheia de dólares e devolveu ao proprietário.

“É tão bom ver que ainda existem pessoas honestas no mundo! Ele deveria ganhar um prêmio!”.

Sim, porque agir de forma correta é algo tão absurdamente estranho, que uma pessoa que faz somente aquilo que gostaria que fizessem com ela ganha a primeira página no jornal e é avaliada como um ser extraterrestre.

Pois olhe... se aquela teoria de seleção natural é mesmo verdade e se essas são as características que prevalecerão em uma população de “mais fortes”, eu diria que estamos a uns 100 anos de fecharmos um ciclo e voltarmos a ser habitantes de cavernas mais moderninhas, aconchegantes, tecnológicas... mas sem nenhuma civilização.

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